O MUNDO MÁGICO DE HARRY POTTER
Harry Potter e a carta de intenção

Jim Hill ~ Jim Hill Media
16 de outubro de 2006
Tradução: Ana Carolina Tavares

A respeito disso, funcionários da Disney começaram na surdina a negociar com JK Rowling, a aclamada autora da série “Harry Potter”. E após meses de negociações, Rowling finalmente assinou uma carta de intenção. O que então deu à Walt Disney Company o direito de começar um desenvolvimento preliminar para o projeto de um parque temático contendo os personagens de Harry Potter.

Agora, favor notar que estamos falando apenas de uma carta de intenção. O que – de acordo com o site investorsworld.com – é:

Um carta de uma companhia a outra demonstrando a boa vontade e habilidade para fazer serviços… Uma carta de intenção não é um contrato e não pode ser executada, é apenas um documento declarando a séria intenção de realizar certas atividades profissionais.

E dada a reputação da Srta. Rowling, ela é uma dura negociadora (Exemplo: Quando a Warner Bros. Estava se preparando para produzir o primeiro filme da série “Harry Potter”, o estúdio insistia que pelo menos um dos atores tivesse “nome”. Para ser mais exato, a Warner queria Robbie Williams para o papel de Hagrid. Mas J.K. se recusou totalmente a permitir que o estúdio escalasse esse comediante premiado pela Academia como o guardião de bom coração de Hogwarts. E dado um dos termos de venda dos direitos do filme “Harry Potter e a Pedra Filosofal” era que a autora tivesse a palavra final na seleção do elenco… Bem, foi assim que Robbie Coltrane acabou preenchendo as grandes botas de Hagrid)… Só porque agora a Disney tem uma carta de intenção com J.K. Rowling não significa que você já deveria estar planejando entrar na fila para “Harry Potter: O Passeio” a qualquer momento.

Veja que a Disney ainda espera que as negociações possam ser completadas a tempo para a companhia ser capaz de anunciar formalmente seus arranjos com Rowling entre 7 de julho de 2007 (quando o sétimo e último livro de Harry Potter seria lançado nas lojas) e 13 de julho de 2007 (quando a versão cinematográfica de “Harry Potter e a Ordem da Fênix” seria lançada). Quando se espera que o mundo esteja sem precedentes nas garras da Harry Pottermania.

Ainda, dada a proteção que J.K. tem por seus personagens… a Disney sabe melhor do que contar com sua carta de intenção de “Harry Potter” transformar-se em um contrato de verdade. E é por isso que funcionários de alto escalão da companhia decidiram colocar em prática um plano de contingência. Aquele que ainda permitiria o Rato estar trabalhando com uma moderna mestra da fantasia, caso Rowling decida dar o seu aval no contrato para o parque temático da Disney.

“E sobre qual outro mestre moderno da fantasia estamos falando?,” você pergunta. Bem, quantos de vocês ouviram aquela estória na semana passada de como a Walt Disney Company esteve em negociações com Peter Jackson e a Weta Workshop? Você sabe, responsáveis pelo grande sucesso da trilogia “O Senhor dos Anéis”?

A imprensa dirá que a verdadeira razão pela qual oficiais da Casa do Rato têm se encontrado com Jackson é que a Disney está interessada em usar os artistas da Weta para criar novas animações para o estúdio. Mas dado que a Walt Disney Pictures está na verdade planejando diminuir o número de animações que serão lançadas a cada ano (Na esperança de que essa escassez artificial transformar-se-á então em públicos renovados interessados nas novas animações da Disney)… Bem, nessa estória pouca água vai rolar, não é?

Então por que outra razão oficiais da Disney teriam para se encontrar com Peter Jackson? Talvez ganhar acesso à vasta biblioteca de desenhos da Weta para um projeto de “SdA” a ser lançado?

Bem… Vamos dizer que – se Rowling optar por não ir além da carta de intenção com o Rato – Mickey tem agora um hobbit em sua manga.