DANIEL RADCLIFFE
Entrevista concedida a Sugar Magazine

Sugar Magazine
14 de setembro de 2007
Tradução: Bruno Radcliffe

O que te fez escolher um novo papel, longe de Harry Potter?
Muitos roteiros chegavam até mim, mas nenhum realmente me agradava. Quando eu li December Boys, eu adorei. Era uma história bastante simples, mas eu a achei muito bonita, meu personagem Maps é bem diferente de Harry, e então eu soube que esse seria um desafio pra mim. Eu tenho interpretado Harry à cinco anos, então é muito bom fazer algo diferente.

Em December Boys você fez a sua primeira cena de sexo, como foi isso?
Teresa é muito bonita, então eu estava meio preocupado, sabe, com algumas coisas. Mas beijar alguém diante de uma câmera não é sexy, não importa o quanto ela te atraia. Não importa o quanto bonita ela é, quando você está cercado por pessoas querendo assegura que você esteja no foco certo e sobre o foco de luz, isso se torna clínico. E clínico não é uma palavra que eu associaria a uma boa experiência sexual.

Agora que você está testando novos caminhos, você tem algum limite a respeito do que você pretende fazer?
Eu gosto de pensar que eu posso experimentar tudo, mas eu tenho recebido alguns roteiros de ação, e eu não me vejo pulando e saltando por aí.

Então você tem uma cena de beijo em Harry Potter, uma cena de sexo em December Boys, tem algo que você não faria? Você interpretaria um personagem gay?
Porque não, se o filme valer à pena, eu faria.

Como foi completar dezoito anos?
Antes de completar dezoito anos eu me olhei no espelho e disse “bem eu tenho de crescer, mas não vejo nenhum sinal disso”, eu disse isso a uma amiga e ele me disse que não é bem assim, que era um processo gradual. Eu estou curtindo ter dezoito anos, mesmo com os fotógrafos me viajando para flagrar a minha primeira bebedeira e as minhas excursões aos clubes noturnos.

Com todos esses personagens, você fica constrangido quando seus pais vão assistir a um filme ou peça?
Não, meus pais sentem orgulho do que faço e pra ser honesto quando, por exemplo, eu estava em Equus, eu tinha mais coisas para me preocupar do que eles lá para me assistir! É meio constrangedor quando eu tenho que beijar alguém em cena, mas existem muito mais coisas para me preocupar, como a luz estar no lugar certo e etc.

Como foi trabalhar na Austrália?
Foi bom estar lá, trabalhamos com um bom pessoal, mas foi meio barra ser Inglês, sorte que tinham mais dois ingleses na equipe para me fazer compania.

Como são seus fãs na Austrália?
Os fãs são diferentes lá, na América ou no Reino Unido os fãs são mais recatados, na Austrália as fãs não tem receio de falar nada, as vezes eu pensava “Meu Deus, você falou isso mesmo?”.