Dados Pessoais
Nome completo: Lia Carneiro da Cunha Alverga Wyler
Data de nascimento: 6 de outubro de 1934
Natural de: Ourinhos, Minas Gerais, Brasil.
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Biografia
Lia Wyler (Lia Carneiro da Cunha Alverga Wyler) nasceu 6 de outubro de 1934 em Ourinhos, SP, onde passou parte da infância. Viajou extensamente, morou em cidades do Brasil e da Europa, mas radicou-se desde cedo no Rio de Janeiro, RJ. Estudou na PUC-RJ, onde fez Licenciatura e Bacharelado em Letras “Português-Inglês”, com especialização em Tradução. Na ECO-UFRJ recebeu o título de Mestre em Comunicação em 1995 defendendo a dissertassão Tradução no Brasil: o ofício de incorporar o outro e na USP cursou os créditos para um doutoramento.
Antes de se tornar tradutora, trabalhou como auxiliar, estenêgrafa e secretária em companhias aéreas, industriais, comerciais e serviços consulares. Começou a traduzir textos de ciências, humanidades e ficção na década de 1970. Suas traduções incluem verbetes para enciclopédias, textos técnico-científicos, obras de literatura culta e bestsellers de autores como Tom Wolfe, Stephen King e John Updike. As traduções de livros infanto-juvenis, atividade mais recente, têm recebido menções honrosas da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, e a série Harry Potter de J.K.Rowling lhe valeu o Prêmio Monteiro Lobato Tradução-Criança.
Como pesquisadora, colaborou na primeira enciclopédia mundial de tradução The Routledge Encyclopedia of Translation Studies e anualmente publica artigos de tradução em revistas especializadas do Brasil e do exterior. De suas pesquisas nasceu o livro adotado em cursos universitários de tradução Línguas, poetas e bacharéis: uma crítica da tradução no Brasil (Editora Rocco, 2003). De 1991 a 1993 exerceu a presidência do Sindicato Nacional dos Tradutores, cargo em que representou a categoria em júris de prêmios, reuniões ministeriais e congressos no Brasil e no exterior.
Foi professora de inglês no Britannia Special English Studies e atualmente ensina Tradução de Ficção de Consumo na PUC-RJ, além de ministrar breves cursos em faculdades e oficinas de Tradução para pequenos grupos.
Às vezes, suas traduções causam polêmica. Já aconteceu também dela precisar inventar palavras em português para traduzir termos criados pela própria Rowling. Mas tudo é feito com muito rigor: Lia realiza uma extensa pesquisa da língua portuguesa e do jeito que ela é falada no Brasil inteiro antes de criar um novo termo para alguma aventura de Harry Potter.
Bibliografia
2008 – Os Contos de Beedle, o Bardo (J. K. Rowling)
2007 – Meu pescoço é um horror: e outros papos de mulher (Nora Ephron)
2007 – Um sonho americano (Norman Mailer)
2007 – Harry Potter e as Relíquias da Morte (J. K. Rowling)
2007 – Nos subterrâneos da cidade (Charles Ogden)
2007 – Armadilha para turistas (Charles Ogden)
2006 – Bichos raros (Charles Ogden)
2005 – Angel – segredos, suspeitas e praias ensolaradas (Cherry Whytock)
2005 – Angel – salsichões horríveis e corpos divinos (Cherry Whytock)
2005 – Harry Potter e o Enigma do Príncipe (J. K. Rowling)
2004 – Negociando com os mortos (Margaret Atwood)
2004 – Angel – desastres, dietas e sutiãs (Cherry Whytock)
2004 – Eu, Clara Rosa (Paula Danziger)
2004 – Harry Potter e a Ordem da Fênix (J. K. Rowling)
2003 – Dançarinas (Margaret Atwood)
2003 – Areias do tempo (Michael Hoey)
2003 – O tempo não pode parar (Michael Hoey)
2002 – E o Bruno? (Aleksander Hemon)
2002 – Clara Rosa está murchinha (Paula Danziger)
2002 – Clara Rosa vê vermelho (Paula Danziger)
2002 – Tia Lola veio (visitar) morar (Julia Alvarez)
2002 – Verdi (Janell Cannon)
2001 – Trupp (J. Cannell)
2001 – Sempre Clara Rosa (Paula Danziger)
2001 – Quadribol Através dos Séculos (J. K. Rowling)
2001 – Animais Fantásticos e Onde Habitam (J. K. Rowling)
2001 – Harry Potter e o Cálice de Fogo (J. K. Rowling)
2001 – Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (J. K. Rowling)
2001 – Harry Potter e a Câmara Secreta (J. K. Rowling)
2001 – A gatinha siamesa chinesa (Amy Tan)
2000 – A vida dos insetos (Victor Pellevin)
2000 – A evolução de Jane (Cathleen Schine)
2000 – Clara Rosa quer uma chance (Paula Danziger)
2000 – Clara Rosa começa vida nova (Paula Danziger)
2000 – Harry Potter e a Pedra Filosofal (J. K. Rowling)
1999 – Presença de mulher (Saul Bellow)
1998 – A flor azul (Penelope Fitzgerald)
1998 – Floristas & Bufês (Tom Wolfe)
1998 – Clara Rosa não é nome de flor (Paula Danziger)
1997 – Radical Chique e o terror dos Rps (Tom Wolfe)
1997 – Stelaluna (J. Cannell)
1997 – O terno tanto-faz (Sylvia Plath)
1995 – Insônia (Stephen King)
1995 – Jogo Perigoso (Stephen King)
1993 – Ao vivo do Calvário (Gore Vidal)
1992 – Lucy (Jamaica Kincaid)
1992 – Os Eleitos (Tom Wolfe)
1990 – O clube da felicidade e da sorte (Amy Tan)
1990 – Um furto (Saul Bellow)
1989 – A filosofia do I Ching (Carol K. Anthony)
1989 – S (John Updike)
1989 – Um eco muito distante (Muriel Spark)
1988 – Usina de sonhos (Michael Chabon)
1988 – A fogueira das vaidades (Tom Wolfe)
1988 – A morte me persegue (Ross MacDonald)
1988 – Mentiras de Amor (Barbara Pym)
1987 – Dançando na luz (Shirley MacLaine)
1987 – Aventuras inéditas de Sherlock Holmes (Arthur Conan Doyle)
1987 – Um amigo de Kafka (Isaac Bashevis Singer)
1986 – A sabedoria do coração (Henry Miller)
1986 – Educação sentimental (Joyce Carol Oates)
1983 – Nós (Eugene Zamiatin)
1970 – Capítulos da vida (Lobsang Rampa)
Entrevistas
“Harry Potter foi um desafio inteiramente novo: a tradução de uma série em que o profissional trabalha dez anos no escuro, sem saber se as opiniões que fez no primeiro volume continuarão a ser aceitáveis no volume final. Quando terminamos um desafio, não dá para avaliar imediatamente tudo que aconteceu de bom e de ruim, um desafio nos traz os dois.”
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“Eu realmente disse que leio enquanto traduzo, mas também disse que no dia 18 de julho eu já conheceria a trama do Harry Potter 6 em linhas gerais, porque a mídia se encarregaria de sua divulgação: sei quem é o príncipe mestiço e sei como se transformou em príncipe, agora a questão é encontrar um título que não seja um spoiler mas englobe as duas idéias ou partir para outra solução.”
[Continua]
Potterish.com
“Meu trabalho é justamente procurar manter o tom do autor, mas sem dúvida essa mudança interferiu nas escolhas já feitas. Essa é a maior dificuldade na tradução de uma série em que o profissional desconhece a linha mestra e os possíveis desvios que a autora irá tomar. O tradutor de Harry Potter trabalha na mais negra escuridão. Não existe uma tradução única, mas tantas quantas forem os tradutores ou as oportunidades para alterar o texto impresso.”
[Continua]
Por Monique Cardoso para o Jornal do Brasil
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Prêmios e Indicações
Vencedora do prêmio Monteiro Lobato, como “Melhor Tradução Infantil” (2001).
Curiosidades
Foi presidente do Sindicato Nacional dos Tradutores de 1991 a 1993.
Foi a autora da primeira história da tradução no Brasil, “Línguas, poetas e bacharéis”.
Ela foi muito elogiada pela autora, J.K. Rowling, por ter ousado fazer aproximações dos nomes originais para o português. “Bob Odgen”, do sexto livro, por exemplo, virou “Beto Odgen”, uma vez que “Bob” é apelido de “Robert”, que, em português, equivale a “Roberto”, cujo apelido é “Beto”. Algumas gírias tipicamente brasileiras também foram incorporadas como tradução para termos como “Crookshanks” (literalmente, “pernas arqueadas”), que virou “Bichento” (palavra que, no nordeste do Brasil, significa “pernas tortas”).
Seus artigos já foram publicados no Canadá e na Inglaterra, e seu nome é verbete no History of Translation Directory, da Concordia University (Canadá) e no Traduction et Terminologie, publicado pela Union Latine na França.
Lia Wyler graduou-se em Letras (Inglês-Português/Tradução) em 1984, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde atualmente leciona no curso de Especialização em Tradução de pós-graduação lato sensu.
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Fontes