DANIEL RADCLIFFE
Daniel Radcliffe fala sobre ‘Harry Potter e o Enigma do Príncipe’

Wizard Universe ~ Liana Maeby
27 de abril de 2009
Tradução: Matheus Lisboa

“Harry Potter e o Enigma do Príncipe” é a sexta aventura através do universo de magia e bruxaria de J.K. Rowling. Inicialmente previsto para ser lançado em novembro de 2008, o filme estará finalmente na tela grande em julho próximo. Dirigido por David Yates, que esteve no comando no filme anterior de Potter e é quem está atualmente filmando “Harry Potter e as Relíquias da Morte,” o filme encontra jovens bruxos num mundo dividido de crescente escuridão. As estrelas do filme, Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson, falaram com Wizard sobre o making of de “Enigma do Príncipe,” sobre quase uma década que eles passaram como parte da franquia, e os planos que eles têm para as suas vidas pós-Potter.

Leia o que Radcliffe tem a dizer abaixo e volte mais tarde nessa semana para ler as entrevistas de Watson e Grint!

WIZARD: Para você, o que está no coração de “Enigma do Príncipe”? O que está no centro da história?
RADCLIFFE: Paranóia. Há uma cena muito forte num filme que é apenas sobre a crescente paranóia de Harry em Draco Malfoy ter se tornado um mebro dos Comensais da Morte. Também, isso parece fazer uma grande parte de todos os filmes, além da morte. Nós estamos ainda mais próximos dela porque Dumbledore está morrendo e sabe que ele tem que morrer. E a imagem desse senhor sabendo tudo isso é muito, muito triste. Mas ele continua nisso, de qualquer forma. Ele não desiste e, absolutamente, luta até o último minuto.

Você mencionou anteriormente que Michael Gambon fez um ótimo trabalho em tentar fazer você rir. Houve um momento ou uma cena em que ele tentou te matar de tanto rir? Também, quando Michael descobriu que Dumbledore era gay, ele incorporou nas travessuras?
RADCLIFFE: Ele incorporou, sim. Michael, fazendo Dumbledore, usa barba, e ele tem um protetor de barba sobre a cabeça para impedir que comida caia [na barba]. O que acontece de qualquer forma. Eles fizeram para ele uma nova, que era rosa, e ele usou com orgulho pelo set. Ele é fantasticamente engraçado e está sempre rindo. A coisa maravilhosa é, antes de dizerem a palavra ‘ação’, ele é brilhante. É um pouco assustador, realmente, o quão bom ele é.

Esse filme tem uma mistura de aventura e um pouco mais de momentos íntimos. Quais as suas cenas preferidas para atuar? Você gosta de cenas de ação ou das mais tranquilas?
RADCLIFFE: Eu acho que eu gosto das cenas mais tranquilas. Há muita ação, mas as cenas calmas estarão, generalizando, onde o coração está. Não que se diga que não há algumas sequências de ação intensa que não são um pouco emocionais, mas quando há apenas duas pessoas sentadas dizendo que as apostas são muito altas, emocionalmente. Minha cena favorita no filme, na verdade, é uma em que eu não estou, o que provavelmente não é surpresa porque eu odeio assistir a mim mesmo. É com o Rupert (Rony) no treino de Quadribol, e provoca uma risada genuinamente engraçada e alta. E eu não rio alto facilmente.

Durante o início da série você teve a consistência de Chris Columbus dirigindo ambos o primeiro e o segundo filmes, mas então novas pessoas chegam para o quatro, cinco e seis. Qual é a diferença entre trabalhar com um novo diretor a cada filme e trabalhar com o diretor de “Enigma do Príncipe”, David Yates, que, no final das contas, estará em quatro filmes direto?
RADCLIFFE: Quando uma nova pessoa chega pra manter você sobre seus dedos. Eu acho que os primeiros anos foram muito importante para que nós não ficássemos acomodados, e eu acho que ter diretores diferentes ajudou nisso. Mas a melhor parte na consistência de usar alguém como David – e David está nesse terceiro agora, ele está fazendo o que nós estamos filmando no momento – é que nós nos conhecemos muito bem, profissionalmente. Nós sabemos como os outros querem algo que seja feita e, agora, nós somos muito bons em comunicar-se com o outro. E nós sempre estaremos com David – e isso se extende a todos os outros diretores, eles sempre foram bastante comunicativos – mas com David nada precisa ser dito. Eu vou até o final da tomada e digo, ‘Me desculpe, isso foi uma merda e vamos fazer novamente’ imediatamente porque eu sei que o que eu fiz não foi o que David procurava.

No futuro, quando você olhar para trás para o making of dos seis filmes, o que você acha que pode grudar na sua cabeça sobre o processo?
RADCLIFFE: Michael Gambon, quando nós estávamos fazendo todas essas sequências juntos, iria vir a minha mente abreviações das filmagens. Nenhuma das quais eu posso repetir porque elas todas são um pouco ofensivas, mas muito, muito engraçadas. Algumas delas marcaram o set de Potter.

Uma das sequências, nesse último filme, foi com Tom Felton como Malfoy no banheiro. Eu e Tom sempre nos gostamos, mas nós, na verdade, começamos a fazer [a cena] realmente, realmente bem nesse último filme, então esse será um dos momentos principais.

Quais são os seus planos ou esperanças para o futura depois que você terminar Harry?
RADCLIFFE: Eu espero apenas continuar atuando. Eu estou agora numa posição muito afortunada em que eu não preciso fazer nada. Obviamente, esses filmes, financeiramente, foram muito, muito bons para mim. E a alegria que vem junto com isso é uma liberdade inacreditável, sendo seletivo no que você faz, e não tem que fazer nada por causa do dinheiro. Se você ter a liberdade para ser seletivo com seus projetos, você também tem a responsabilidade de ser seletivo.