Times Online
28 de junho de 2007
Tradução: Patrícia e Adriana
Economistas contam o número de guindastes para construir locais no centro de Tóquio. Ambientalistas procuram pragas de Águas-vivas no mar do Japão. E uma pista para a caixa de serviço japonesa, Hollywood examina o imperdoável índice Narita o número de mulheres históricas que saúdam uma estrela famosa no aeroporto.
E, no Japão especificamente, a Warner Brothers tem bastante divulgação de Harry Potter e a Ordem da Fênix, o quinto volume das crônicas do personagem fictício mais bem sucedido do mundo.
Coletivamente, Hollywood decidiu que estava na hora de tratar a audiência japonesa com um pouco mais de respeito. Portanto, o ultimo filme de Harry Potter foi a terceira premiere mundial de Hollywood (depois de Homem-Aranha 3 e Piratas do Caribe: No Fim do Mundo) a ser feita em Tóquio em três meses.
Na quinta-feira, em uma cavalgada de efeitos especiais sem brilho ao ar livre, um raio de luz e de glamour jovem brilhou, você podia ver que um esforço estava sendo feito. Da parte deles, um público esparso de trouxas duros de morrer do Japão pelo menos fingiu aceitar a isca, a linha e o anzol em sua cidade enfeitada.
O filme em si é uma traquinagem sólida, mágica e ocasionalmente espetacular que luta sem sucesso o medo e a diversão que ainda não tivemos nos volumes anteriores. É bem mais cruel que seus precedentes e começa a nos introduzir adequadamente à idéia de que não estamos mais no parquinho mágico, mas na rota de um confronto épico com vítimas reais.
A história principal no palco nesse ciclo é a cruzada de Harry e Dumbledore para persuadir um mundo bruxo cada vez mais paranóico e desconfortável de que o seu vilão inominável, Voldemort (interpretado por Ralph Fiennes), retornou. As habilidades de ator de Radcliffe (Harry), Rupert Grint (Rony Weasley) e Emma Watson (Hermione) melhoraram, mas não o suficiente para realmente encarnar os personagens e provir a profundidade narrativa que esse filme com enredo avançado, transicional precisa. Eles conseguiram “raiva” e “determinação” a essa altura, mas lutam com algumas nuances de caretas. As psicoanalises de Harry falando alto de Voldemort são terríveis.
Dos adultos, Imelda Staunton como Dolores Umbridge “usurpadora de Dumbledore em Hogwarts” é primorosamente desagradável. Helena Bonham Carter como a vilã Belatriz Lestrange é um talento brilhante mas mal utilizado.
O diretor, David Yates, inseriu alguns toques bonitinhos, incluindo a explosiva transferência dos gêmeos Weasley do mundo escolar para o mundo do comércio varejista. Mas acima de tudo, há pouco daqueles alegres pequenos momentos de uso das parafernálias mágicas que pontuaram e animaram os filmes anteriores.
O quinto – e mais longo – livro em que se baseia este filme á um ponto crucial, mas vago na saga. Muito é explicado, muita coisa é deixada em aberto e não há o mesmo ritmo de ação a que os leitores estavam acostumados nos episódios anteriores (especialmente no Cálice de Fogo). O livro deixa isso de fora porque foi torturante naquilo que nos ocultou. O filme, porém, uma digestão necessária das 800 páginas, nos deixa vagamente incomodados que a solução dos enredos esteja agora há dois filmes de distância.
O maior problema, porém, não está no filme em si, mas na aproximação do fenómeno Potter universal que atinge seu ansioso público. A maiora dos fãs estão mais focados no lançamento do épico sétimo livro em três semanas e sua promessa de resolver os incontáveis mistórios. Como a espera pelo livro final é insuportável, há momentos em que este filme, que de outra forma seria agradável, embora muito bem feito e sem problemas em si mesmo pareça uma tarefa.
Harry Potter e a Ordem da Fênix será lançado no Reino Unido em 12 de julho.