Gray, Paul. “Loucos por Harry”. Time Magazine, 20 de setembro de 1999.

Antes de qualquer coisa, para os iniciantes, aqui vão três sinais infalíveis, comprovados clinicamente, de que você é um trouxa.
1) Você vê um menino ou menina cuja testa está marcada com uma tatuagem em forma de um raio roxo e não tem idéia do que esteja vendo.
2) Você ainda acredita que a leitura é uma arte pedida, especialmente entre os jovens, e livros tornaram-se obsoletos em nossa era eletrônica.
3) Você não sabe o que é um trouxa.

Felizmente, tal ignorância se tornou ridiculamente fácil de remediar. Simplesmente se coloque em frente a uma criança de seu bairro, qualquer criança, e diga as palavras mágicas Harry Potter. Se, por exemplo, você lançar esse feitiço em Anna Hinkley, de 9 anos, cursando a terceira série em Santa Mônica, Califórnia, aqui está o que você irá aprender: “O que acontece no primeiro livro, Harry descobre que é um bruxo, e que ele vai a uma escola chamada Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Na estação, ele encontra um menino chamado Rony, que também está indo para Hogwarts. E no trem, eles encontram uma menina chamada Hermione…” Dando tempo suficiente, Anna lhe contará o roteiro inteiro do livro de 309 páginas Harry Potter e a Pedra Filosofal, o qual ela leu, ela conta, “sete ou oito vezes”.

E esse livro é apenas o capítulo de abertura de uma história que se tornou uma das mais bizarras e surreais histórias das publicações. Trouxas, i.e., aqueles que não têm conhecimento de todo o mundo mágico ao seu redor, vão precisar de uma breve explicação para alcançar os outros.

Então, no começo, Harry Potter e a Pedra Filosofal (ou Philosopher’s Stone, como foi originalmente nomeado), escrito por uma autora anteriormente desconhecida chamada J. (para Joanne) K. Rowling, apareceu na Inglaterra em junho de 1997 como um título infanto-juvenil. Abracadabra! Chegou ao topo da lista de best sellers adultos. A mesma coisa misteriosa aconteceu quando o livro foi publicado em setembro de 1998, nos Estados Unidos.

Depois veio Harry Potter e a Câmara Secreta, que provou ser, ambos na Inglaterra e nos Estados Unidos, tão bom em vendas quanto seu predecessor. Até agora, os primeiros dois livros de Harry Potter venderam quase 2 milhões de cópias na Inglaterra e mais de 5 milhões nos Estados Unidos. Os livros foram traduzidos para 28 línguas, incluindo islandês e sérvio-croata. A lista de best sellers do último domingo do New York Times Book Review colocou Pedra Filosofal, em sua 38ª semana na lista, como livro de capa dura número 1, e Câmara Secreta, em sua 13ª semana, como número 3.

Mas isso vai mudar quase imediatamente porque a história continua se desenvolvendo. Na última quarta-feira, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Arthur A. Levine Books / Editora Scholastic, 435 páginas, $19,95) finalmente foi a venda nos Estados Unidos, exatamente dois meses após sua publicação na Inglaterra. Os leitores americanos que não tinham conseguido uma cópia da edição britânica, principalmente pelos pedidos na Internet, lotaram as lojas em todo o país. De El Centro, Califórnia, até Littlenton, N.H., muitas lojas abriram ao meio-dia; outras ofereceram aos clientes chás ou bolinhos ou descontos iniciais. Bárbara Babbit Kaufman, presidente e fundadora da rede de livrarias Chapter 11, em Atlanta, relata ter vendido mais livros Harry Potter nas primeira três horas de serviço do que o livro de Tom Wolf, “A Man in Full,” vendido durante seu primeiro dia disponível em novembro passado. “Tom Wolf estava em Atlanta,” ela diz, “então era o melhor livro que nós já tínhamos tido”. Até, isso é, que o novo Harry Potter chegasse às prateleiras.

Nem todos aceitaram bem a possibilidade de um terceiro livro vencedor de vendas de Rowling nos Estados Unidos. Diz David Rosenthal, editor de Simon & Schuster: “Há uma grande controvérsia sobre se Harry Potter deveria ou não estar na lista de best sellers do New York Times. Há muitos editores – eu na verdade não estou entre eles, mas eu tenho ligações sobre isso – que estão pensando em se unir para pedir ao New York Times que não inclua os livros de Harry Potter na lista regular de best seller de ficção, já que eles agora ocupam dois lugares e logo ocuparão um terceiro”.

O argumento de que a lista regular de best sellers deveria excluir best sellers infantis parecerá para muitas pessoas um absurdo. Mas então, toda a confusão em torno de Harry Potter parece distante – as proliferadas páginas que os fãs estão postando diariamente na internet, os testemunhos boca-a-boca de pais admirados que suas crianças não-leitoras (até mesmo meninos!) estão devorando os livros de Potter e até pedindo por mais, as confissões de um crescente número de adultos de que não somente os jovens acham esse livro juvenil-adulto irresistível. E a chegada de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban vão apenas acrescentar mais combustível ao incêndio Potter e movimentar uma nova pergunta que está frustrando muitos não leitores e editores de Harry: O que está acontecendo aqui?

Se houvesse uma resposta fácil, quase todos os escritores na terra estariam trabalhando freneticamente em imitações da fórmula de sucesso de Rowling, e o mundo estaria transbordando com best sellers sobre jovens bruxos freqüentando bizarras escolas em algum lugar no norte da Inglaterra. E, na verdade, não é particularmente difícil descobrir as regras que governam os livros de Harry Potter. Coloque personagens atraentes em interessantes, mas perigosas situações e deixe o resto em dúvida por mais tempo possível. Nada novo aqui, nada que escritores tão antigos quanto Homero não tenham compreendido e lucrativamente empregado. Mas, como devotos fãs de Harry Potter aprenderam, saber feitiços mágicos não é a mesma coisa que fazer mágica. O segredo de Rowling é tão simples e misterioso quanto sua estranha habilidade de saciar a fome humana por encantamento: ela sabe como alimentar o desejo e não apenas escutar ou ler uma história, mas também vivê-la.

É por isso que tantas pessoas, ambos jovens e ingênuos e velhos e cansados se renderam às ilusões colocadas no mundo fictício de Harry Potter. Eles querem acreditar no inacreditável, e Rowling faz isso ser fácil e muito divertido para eles. Quão agradável é ser persuadido de que um órfão chamado Harry Potter, que viveu 10 anos com os Dursleys, seus cruéis tio e tia e o filho tão odiado deles, Duda, em um subúrbio inglês – especificamente Rua dos Alfeneiros, 4, Little Whinging – descobre logo após seu 11º aniversário que na verdade é um bruxo. O que é mais, ele é famoso pelo mundo bruxo; embora seus pais tenham sido assassinados pelo maldoso Lord Voldemort (tão temido que se referem a ele apenas como “Aquele-que-não-deve-ser-nomeado”), o pequeno Harry sobreviveu ao ataque com uma cicatriz em forma de raio em sua testa.

Cada evento nos livros de Harry Potter segue uma linha a partir de sua própria descoberta. Harry pode ser uma criança magricela com óculos, olhos verdes e um rebelde cabelo espetado, mas também guarda potenciais indeterminados. Ele frustrou o ataque de Voldemort por causa de uma bondade natural ou porque ele carrega, mesmo como um bebê, uma tendência maldosa ainda mais poderosa do que aquela do Bruxo das Trevas? Essa pergunta fará alguns se lembrarem dos filmes Star Wars e o complicado destino de Darth Vader e Luke Skywalker. Mas uma vez que essas comparações começam, elas podem seguir em muitas direções.

As idas e vindas de Harry entre dois mundo também lembra a Alice de Lewis Carroll, Dorothy de Frank Baum em sua jornada para Oz e a criança viajante do tempo que está sempre reaparecendo nos sete volumes de As Crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis. Como eles, Harry é jovem o suficiente para se adaptar às diferentes realidades e para observá-las com o mínimo de conhecimentos prévios. Também, a pedra filosofal do primeiro livro de Harry Potter chega bem perto de um parentesco com o anel todo poderoso da trilogia de JRR Tolkien “O Senhor dos Anéis”.

Mas o débito de Rowling com a literatura de fantasia clássica não apaga as liberdade que ela toma com formas. Mais notavelmente, seu mundo mágico não é, de nenhuma forma, remoto às realidades diárias. Foi necessário um ciclone para transportar Dorothy até Oz. Harry, por outro lado, pode andar alguns passos até um pub em Londres pertos do Charing Cross Road e entrar no Beco Diagonal, um centro de lojas bruxas, onde ele e seus colegas de escola se encontram no final do verão para comprar materiais escolares. E de lá para Hogwarts, é um passo; Harry e seus amigos vão até a estação King Cross e embarcam no Expresso de Hogwarts, que parte todo começo de Setembro na plataforma nove e meia.

Não é necessário ter terminado os primeiros dois livros de Harry Potter antes de começar a leitura de Prisioneiro de Azkaban, mas é uma boa idéia de qualquer forma. Ler os livros na ordem correta proporciona um confortável senso de familiaridade. Sim, as torres de Hogwarts são exatamente as mesmas do ano anterior. E por que não? A escola tem mais de 1000 anos. As competições acadêmicas e esportivas entre as quatro casas de Hogwarts – Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal – continuam tão espirituosas quanto antes. Todos os estudantes ainda são loucos por Quadribol, um agitado esporte envolvendo seis gols, 4 bolas e dois times de sete jogadores cada, voando a 50 pés ou mais sobre o chão em vassouras voadoras. Harry é o jogador estrela do time da Grifinória.

Tais detalhes permanentes fazem as inovações de Rowling em cada livro parecerem particularmente dramáticas. Dessa vez, por exemplo, os estudantes do terceiro-ano com permissão assinada pelos pais ou guardiões podem fazer visitas periódicas a Hogsmeade, um vilarejo próximo conhecido como “o único vilarejo completamente não-trouxa da Inglaterra”. Naturalmente, o maldoso tio Valter de Harry se recusa a assinar qualquer coisa relacionada a Hogwarts, então Harry encara a idéia de perder a diversão ou encontrar um modo de contornar as regras. E Harry encontra outro pequeno problema: um poderoso assassino escapou da prisão de Azkaban e diz-se estar a caminho de Hogwarts com o propósito de matar Harry.

Ele sobreviveu sérias ameaças a sua vida em cada um dos dois primeiros livros, mas dessa vez Harry parece estar em desvantagem. Os guardas da prisão de Azkaban, horríveis criaturas encapuzadas chamadas dementadores, cercaram Hogwarts para proteger Harry, mas ele desmaia toda vez que um dementador se aproxima dele. Um simpático professor conta a Harry que os dementadores valorizam o medo: “Eles são criados nos lugares mais obscuros e imundos, eles criam decomposição e desespero, eles retiram a paz, esperança e felicidade de qualquer ser humano que chegue muito perto deles… Até mesmo trouxas sentem a presença deles, embora não possam vê-los. Chegue muito perto de um dementador e todo sentimento bom, cada memória feliz será sugada de você. Você será deixado com nada mais do que as piores experiências de sua vida”.

Essa fala é uma das mais obscuras e preocupantes dos livros de Potter até agora. Cria uma vívida materialização física de um estado de sofrimento mental, o que os trouxas chamam de depressão, e demonstra as mudanças emocionais de Rowling. Ela pode ser ambos genuinamente assustadora e consistentemente engraçada, adepta de ambos vasta comédia rude e alusivos trocadilhos e jogos de palavras. Ela apela para a galeria de doces, com itens como os Feijõezinhos de Todos os Sabores, uma bala bruxa do sabor do que o pacote diz; e oferece todos os sabores, desde chocolate e menta com pimenta até fígado, tripa e cera de ouvido. Mas Rowling também dá ao zelador de Hogwarts o nome de Argo Filch, evidentemente esperando que uns poucos leitores adultos se lembrem que Argo, na mitologia Grega, foi um sentinela com olhos por todo seu corpo. E mesmo que ninguém perceba a referência, é o tipo de toque que pode produzir um sorriso misterioso no autor.

“Foi tão divertido escrever,” diz Rowling sobre o primeiro livro Harry Potter. “Eles ainda são incrivelmente divertidos de escrever”. Ela vive confortavelmente, mas sem exageros, em Edinburgh com sua filha Jessie, 6, evitando o máximo de distrações no seu tempo quanto ela pode, para poder se manter escrevendo. Ela estava completamente despreparada (e não gosta muito) para toda a pressão e atenção que têm recebido desde que se tornou uma escritora best seller com seu primeiro livro. Durante algumas entrevistas anteriores, ela mencionou que o começo de seu trabalho nos livros de Harry Potter correspondeu brevemente com um período ruim em sua vida pessoal. Ela tinha acabado de se divorciar, temporariamente sem trabalho, recebendo ajuda do governo e vivendo em um flat sem aquecimento em Edinburgh. Para manterem-se aquecidas, ela levava sua filha para um café e, algumas vezes, rascunhava umas idéias para Harry Potter em guardanapos.

Rowling se irritava quando os jornais usavam isso como um capítulo dominante em sua vida. “Era uma ótima história,” ela concorda. “Eu teria gostado de ler isso sobre alguma outra pessoa”. Mas o conto veio para defini-la: o resultado de uma família classe média e educação universitária, e uma mãe recebendo pensões que acertou a sorte grande. Pior, alguns jornais começaram a usar seu sucesso como uma crítica implícita a mulheres pobres e solteiras que não tinham a iniciativa para sair da caridade. “Isso é absolutamente uma besteira,” diz Rowling. “Isso não é vaidade ou arrogância, mas se você olhar os fatos, muitas, muitas poucas pessoas conseguem escrever qualquer coisa que possa se tornar um best seller; Assim, eu tive sorte para o padrão de qualquer um, deixe os padrões de mães solteiras em paz”.

Rowling diz que o desejo de se tornar uma escritora veio até ela cedo, durante o que ela descreve como uma infância interna “sonhadora”. Ela começou a escrever histórias quando tinha seis anos. Ela também lia muito, chegando a Ian Fleming com 9 anos de idade. Algum tempo depois, ela descobriu Jane Austen, a qual Rowling chama de “minha autora preferida sempre”. Ela estava escrevendo uma história para adultos quando, durante uma viagem de trem em 1990, “Harry Potter apareceu em minha cabeça completamente formado” .Durante os cinco anos seguintes Rowling trabalharia com o livro um e faria o resumo de toda a série, que iria consistir de sete livros, um para cada ano que Harry passasse em Hogwarts. “Esses cinco anos realmente foram gastos criando o mundo todo. Eu sei muito mais do que o leitor irá precisar saber sobre detalhes ridículos”.

Rowling insiste que ela nunca conscientemente decidiu escrever para crianças, mas que trabalhar em Harry Potter a ensinou o quão facilmente ela podia voltar às suas memória da infância. “Eu realmente consigo, sem dificuldade nenhuma, pensar sobre mim mesma de volta aos 11 anos (a idade de Harry quando a série começa). Você tem uma grande falta de poder, e crianças tem todo esse sub-mundo que vai ser sempre impenetrável para adultos” Essa é uma descrição do contexto social q.ue ela mostra em Hogwarts, onde os alunos tem intervalos de tempo com pouca ou nenhuma supervisão adulta. Rowling acredita que pessoas jovens gostam de ler sobre pessoas como eles que tem um controle real sobre seus destinos. “Harry tem que fazer escolhas. Ele tem um acesso limitado para realmente se preocupar com adultos”.

Por seus personagens envelhecerem um anos em cada livro, Rowling diz que certas mudanças inevitáveis estão reservadas para eles e para os leitores. Uma dica do que está adiante aparece em Prisioneiro de Azkaban, quando Harry repara em Cho Chang, a única garota no time de Quadribol da Corvinal. “Ela era mais baixa que Harry por mais ou menos uma cabeça, e Harry não podia evitar reparar, nervoso como estava, que ela extremamente bonita. Ela sorriu para Harry conforme os times encaravam um ao outro atrás de seus capitães, e ele sentiu um leve balanço na região de seu estômago que ele não achava que tivesse nada a ver com seu nervosismo”.

Sim, Rowling reconhece, Harry está no início da adolescência e vai cair nessa complicação hormonal a qualquer momento. Harry e seus amigos vão reparar, e mais que reparar, em membros do sexo oposto, e a ação começa no livro quatro, quando eles se apaixonam pelas pessoas erradas. Um Harry tolamente agressivo ou sonhador pode desafiar a devoção de alguns leitores que admiram suas inocentes virtudes de menino e animada dignidade, exceto, talvez, aqueles leitores que chegaram à adolescência eles mesmos.

Mas os fãs de Harry Potter têm algo a mais para preocupá-los além do medo de um possível beijo e mãos dadas. Rowling têm feito cada vez mais promessas de que os quatros livros restantes de Harry Potter vão se tornar mais obscuros que os três primeiros. “Haverá mortes,” ela diz. “Eu estou escrevendo sobre alguém, Voldemort é diabólico. E em vez de fazê-lo um vilão mudo, o único modo de mostrar o quanto ele é diabólico é tirar a vida de alguém o qual os leitores gostam”. Ela poderia estar se referindo a (oh!) Hermione, (não!) Rony, (tosse!) o próprio Harry? Rowling não revela nada, mas ela de fato diz que as crianças que entram em contanto com ela “estão sempre preocupadas que eu vá matar Rony. Isso mostra o quão afiados eles são. Eles assistiram a tantos filmes nos quais o melhor amigo do herói é morto” .

E alguns dos fãs de Potter a favor da “pureza” estão preocupados com a primeira aparição de Harry nas telas que está por vir. O produtor britânico David Heyman viu uma propaganda de Pedra Filosofal brevemente após sua publicação britânica mas antes que o livro se tornasse um sucesso. Ele levou o projeto a Warner Bros. (como TIME, possuído pelo Time Warner), que escolheu o livro. O plano é para um filme no qual Harry seria feito por um menino britânico escolar. Um primeiro roteiro, por Steven Kloves, que escreveu e dirigiu “The Fabulous Baker Boys” será entregue até o final do ano.
Heyman diz que a Warner Bros. “já recebeu algumas ligações de pais querendo seus filhos no filme,” mas, ele diz, “as boas notícias são que não é um filme com estrelas. É um filme para crianças, e a criança não vai ter um custo de $20 milhões de dólares. Então os custos iniciais serão nos efeitos especiais. Nós queremos fazer isso o mais acreditável e fantástico possível. A tecnologia hoje é incrível”.

Mas uma das coisas interessantes sobre Hogwarts nos livros Potter é que não possui tecnologia nenhuma. Luzes são proporcionadas por tochas e calor por grandes lareiras. Quem precisa de eletricidade quando se tem tantos bruxos e varinhas mágicas? Quem, falando nisso, precisa de entrega de correio quando um esquadrão de corujas treinadas manda mensagens para e da escola? Tecnologia é para trouxas, que se apóiam em inovações técnicas porque não podem imaginar as conveniências da magia. Quem não escolheria uma vida bruxa?

As Pessoas – a vida do menino bruxo é repleta de diversos personagens, incluindo:
– Os Dursleys: os malvados, não-bruxos parentes de Harry que fazem sua infância órfã miserável.
– Rony Weasley: O mais novo de seis irmãos bruxos e o melhor amigo de Harry em Hogwarts.
– Hermione Granger: a inteligente trouxa sabe-tudo que é a outra melhor amiga de Harry.
– Professor Dumbledore: um poderoso bruxo e o sábio diretor de Hogwarts.
– Hagrid: o meio gigante apreciador de uma boa bebida, guarda-caças de Hogwarts e devoto a Harry.
– Lord Voldemort (Aquele-que-não-deve-ser-nomeado): o diabólico bruxo que matou os pais de Harry e continua a ameaçá-lo.

Os Lugares – a geografia do mundo bruxo é intimamente ligada aos locais normais do dia-a-dia. Bruxos – e leitores – podem se mover facilmente para todo lugar, mas pessoas mais comuns não sabem como fazer isso, então aqui vai uma ajuda:
– Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts: situada em um castelo com mais de 1000 anos, oferece sete anos de rigorosa, se não pouco ortodoxa, educação a uma elite escolhida a dedo com potencial para serem grandes bruxos.
– Cabana de Hagrid: Casa do rude, mas amável, guarda-caças.
– Floresta Proibida: a floresta negra ao redor dos terrenos Hogwarts.
– Hogsmead: um vilarejo completamente bruxo perto da escola que os alunos, após seu segundo ano, podem visitar. Atrações incluem a Casa dos Gritos, “a habitação mais mal-assombrada da Inglaterra”.
– Beco Diagonal: uma rua de lojas vendendo varinhas, caldeirões, vassouras, roupas e outras parafernálias mágicas.
– Gringotes: o banco central bruxo, com cofres bem abaixo das ruas de Londres, operado por duendes.
– Plataforma nove e meia: o ponto na Estação King Cross onde os estudantes se encontram todo outono para embarcarem no Expresso de Hogwarts.
– A Casa dos Dursleys: Rua dos Alfeneiros, nº 4, Little Whinging, a cena da infância infeliz de Harry.

Quanto os leitores amam Harry? Vamos fazer as contas…
Livros impressos: 7,5 milhões
Em quantas línguas: 28
Semanas na lista de best sellers do New York Times: 38
Pré-encomendas de Azkaban no Amazon.com: 61.206
Cópias de Azkaban vendidas em 8 de Setembro: mais de 50.000
Tatuagens em forma de raio mandadas às livrarias dos Estados Unidos: 650.000

As Criaturas – a educação de um aprendiz de bruxo envolve vários não-humanos
– Edwiges: coruja de Harry e emissária no serviço de mensagens que os bruxos usam para correio.
– Perebas: o rato de seu amigo Rony, uma falta de escolha, já que ele não pode comprar sua própria coruja.
– Bichento: o gato de sua amiga Hermione, e a maldição da existência de Perebas.
– Bicuço: um hipogrifo, uma grande criatura voadora que é metade pássaro e metade cavalo.
– Dobby: um elfo-doméstico, ou um servo, que idolatra Harry.
– Nick-quase-sem-cabeça: o fantasma que reside no dormitório de Harry.
– Pirraça: um travesso poltergeist que tagarela por Hogwarts procurando vítimas para assustar.

Os Encantos de Mundos de Fantasia
Harry Potter, por J.K. Rowling
– personagem principal: Harry Potter, um garoto órfão magricela que descobre que tem uma herança mágica.
– Lugar Mágico: Escola de Hogwarts, o local para jovens bruxos e bruxas aprenderem seus caminhos.
– Entrada para o Mundo Mágico: Expresso de Hogwarts, parte de uma plataforma secreta na Estação King Cross em Londres.
– Adaptações para o cinema: Pendente. Um filme de A Pedra Filosofal está sendo produzido para estrear dentro de um ou dois anos.
– Moral da História: Acredite em você mesmo. A mágica mais importante vem de dentro de cada um de nós.
O Senhor dos Anéis, por JRR Tolkien
– Personagem Principal: Frodo Bolseiro. Um Hobbit, jovem pequeno com pés peludos, em uma missão crucial.
– Lugar Mágico: Terra Média. Nosso planeta, mas imagine em um passado distante chamado Terceira Era.
– Entrada para o Mundo Mágico: As páginas dos livros. Nenhum humano do nosso mundo viajou no tempo para a Terra Média.
– Adaptações para o cinema: Diversas. Elas incluem uma animação de 1978. Um filme começa a ser gravado mês que vem.
– Moral da História: O poder corrompe. Um anel mágico que pode controlar o mundo deve ser destruído.
O Mágico de Oz, por L. Frank Baum
– Personagem Principal: Dorothy. Uma jovem garota vivendo em uma fazenda em Kansas com seu Tio Henry e sua tia Emm.
– Lugar Mágico: A Terra de Oz. Um reino de Munchkins, boas e más bruxas e macacos voadores.
– Entrada para o Mundo Mágico: ciclones e chinelos. Uma grande ventania leva Dorothy até lá, sapatos encantados a trazem de volta.
– Adaptações para o cinema: Musical MGM, 1939. O clássico com Judy Garland e a música “Over the Rainbow”.
– Moral da História: Nenhum lugar como o lar. Algumas vezes, no entanto, ir embora é a melhor forma de perceber isso.
Alice no País das Maravilhas, por Lewis Carroll
– Personagem Principal: Alice. Uma garota sensível que se vê encontrando inúmeras bobas criaturas.
– Lugar Mágico: País das Maravilhas. Um domínio topsy-turvy com lógicas de ponta cabeça e excêntricos falantes.
– Entrada para o Mundo Mágico: Uma toca de Coelho. Alice mais tarde vai a outro lugar andando através de um vidro.
– Adaptações para o cinema: Disney, 1951. Essa animação musical é a melhor conhecida entre os nove filmes baseados em Alice.
– Moral da história: Seja jovem de coração. Alice espera sonhar com o País das Maravilhas quando for adulta.
As Crônicas de Nárnia, por C.S. Lewis
– Personagens Principais: Pedro e Lúcia. Dois dos muitos brilhantes e aventureiros jovens ingleses.
– Lugar Mágico: Nárnia. Uma linda e exuberante terra sujeita a periódicas invasões e revoltas internas.
– Entrada para o Mundo Mágico: Um Guarda-roupa. Um armário permite que Lúcia faça sua primeira visita para Nárnia. Outras rotas aparecem mais tarde.
– Adaptações para o cinema: Nenhuma, mas muitas versões de TV dos livros individuais que compõem as Crônicas.
– Moral da História: Você tem que acreditar. Fé religiosa oferece um caminho da terra para o verdadeiro paraíso.

As expressões – toda sociedade tem sua própria língua; aqui estão algumas palavras do mundo bruxo:
– Trouxas: pessoas não-mágicas.
– Quadribol: o popular esporte bruxo, no qual times montados em vassouras voadoras correm atrás de quatro bolas, incluindo o pomo de ouro, que geralmente ganha o jogo para o time que o captura.
– Apanhador: o membro mais rápido em um time de Quadribol; posição de Harry.
– Nimbus 2000, Firebolt: marcas de caras e eficientes vassouras.
– O Chapéu Seletor: um chapéu que escolhe a casa de quem o veste.
– Ofidioglota: bruxos que podem falar com cobras.
– Feijõezinhos de Todos os Sabores: um doce que pode ter qualquer sabor, desde chocolate até tripas.

Traduzida por: Renata Grando em 05/10/2007.
Postado por: Vítor Werle em 26/09/2008.
Entrevista original no Accio Quote aqui.