DAVID HEYMAN, CHRIS COLUMBUS E MARK RADCLIFFE
Coletiva de imprensa de Nova York – Tradução G.V.Linares
www.harrypotterofilme.com

Abaixo você confere a transcrição da entrevista com os produtores de Prisioneiro de Azkaban na coletiva de imprensa que aconteceu em Nova York, Estados Unidos, no dia 24 de maio de 2004, cortesia dos sites DanRadcliffe.com, HPANA, Mugglenet e The Leak Cauldron:

 

Nós sabemos que em Câmara Secreta deveriam haver algumas pistas sobre o que iria acontecer nos livros seguintes – existe alguma coisa assim no terceiro livro?
David: eu não tenho certeza sobre o segundo filme ter alguma sugestão, mas acho que isso é verdade. Eu acho que se você for fiel ao espírito deste, de cada um dos livros, todos os livros são preparações para o sétimo. O sétimo livro é o climax. Cada livro é uma preparação para isso, então cada um dos livros define o que irá acontecer a seguir. No terceiro livro nós temos o começo do relacionamento entre Rony e Hermione. Eu acho que existem pequenas coisas em termos de caracterização que sugerem o que irá acontecer. Eu não sei – nós fomos apenas fiéis ao terceiro livro. Eu não sei o que irá acontecer no livro seis ou sete, infelizmente.

Então não existe algumas pistas evidentes em algum lugar?
David: eu acho que, o negócio entre Rony e Hermione é o mais óbvio, conduzindo ao livro quarto e cinco. Mas na verdade não. Eu tenho certeza que existe algo com Neville, mas na verdade não. Eu não sei o que acontece no livro seis e sete.

Vocês tiveram um ataque do coração quando viram o tamanho do quinto livro?
David: o quarto livro também é bem grandinho.

E como está essa sendo feita a adaptação agora que vocês estão se preparando para fazê-la?
David: Nós começamos a filmar três semanas atrás. Será um filme só, não serão dois. Nós iremos fazer escolhas, terão coisas que deverão ser cortadas. Nós cortamos coisas do três, cortamos coisas do dois e cortamos coisas do um. Teremos que cortar algumas coisas a mais no quarto, mas desde que sejamos fiéis ao espírito dos livros e enquanto tivermos uma narrativa forte, acho que não teremos problemas.

Como foi diferente para você (Chris Columbus) estar produzindo ao invés de dirigindo?
Chris Columbus: Na verdade não, eu tive mais, eu sai pela razão de querer passar mais tempo com a minha família, o que eu consegui. Eu pude escrever e pude também produzir o filme, que foi ótimo. A parte mais difícil de dirigir estes filmes é realmente arrumar todo este mundo. Escalar todas essas pessoas, construir todos esses cenários, que ainda estão em uso e continuarão em uso até que eles construam um parte temático de Harry Potter (risadas). Então, eu me sinto ótimo sobre isso. Agora que criamos um mundo em que os diretores podem vir e, basicamente, como um diretor, sejamos honestos, a primeira coisa que você tem que se preocupar é o design dos sets e os atores do filme. Nossos diretores não têm mais que se preocupar com isso. É um grande playground para os diretores, e eles realmente podem… existe uma sensação de liberdade e diversão em vir dirigir os filmes de Harry Potter. Então eu me sinto ótimo sobre isso. Eu amei o que Alfonso fez com o material, eu amei o que ele fez com as crianças.

David: eu acho que Alfonso também se sentiu livre com isso. Boa parte do trabalho difícil, eu digo, ainda tem bastante trabalho duro pela frente, mas boa parte da fundação foi construída por Chris e ele adotou isso, e ainda eu acho que como uma franquia nós continuamos a permitir que os diretores façam seus próprios filmes. É muito importante para cada diretor poder colocar sua própria marca nos filmes. Chris fez sua marca, Alfonso também. Mas a base disso tudo está lá, e enquanto nós formos fiéis ao espírito dos livros, nós não temos com o que se preocupar.

No próximo livro Hogwarts se torna sede de diferentes escolas de diferentes nacionalidades. Vocês já começaram as escalações, obviamente estão em produção, então que tipo de mudança isso deu na franquia Hogwarts?
David: nós temos feito as escalações. Nós escalamos alguns deles, escalamos Cho Chang e alguns outros papéis. Ainda temos alguns a escolher. Nós não escalamos Voldemort apesar do que tem sido falado. Mas estamos no processo de escalação e sim, nós teremos uma escola francesa, nós temos uma escola búlgara. É mais internacional.

Vocês estão quase passando da marca da metade desta série – como a idéia de tudo isso mudou desde que vocês começaram estes filmes?
David: bem, eu sou o único que irá continuar, estes dois irão me deixar aqui. Eu serei o único agora. Eles dois me abandonaram.

Chris: nós nos mudamos de volta para os Estados Unidos.

Mark Radclife: é hora de voltar para casa.

Chris: nós estamos fugindo dos impostos ingleses. [risadas]

Então como você (Heyman) evoluiu com toda esta experiência, como produtor?
David: Eu acho que você aprende algo em cada experiência e como produtor você aprende todos os dias alguma coisa e todos os filmes o ensinam algo diferente. E cada filme que fazemos é um desenvolvimento do anterior. E para Chris e as crianças, elas são atores muito melhores agora e esperamos que eles continuem. Os efeitos especiais que estamos aprendendo agora, a tecnologia melhorou, nós aprendemos mais, então espero que isso continue. A chave do trabalho nisso tudo é ser fiel aos livros no espírito deles conforme vão ficando maiores e maiores e mais difíceis de serem literalmente fiéis, então temos que seguir seu espírito, que é o que acho que é o mais importante.