DANIEL RADCLIFFE
Associated Press
10 de setembro de 2007
Tradução: Raisa Garcia

Radcliffe: (Sentando no sofá, puxando seu firme jeans escuro): Estas são as únicas calças que me restam, porque eu não tenho tido a oportunidade de lavar coisas tão frequentemente, porque nós temos ido de hotel a hotel, e os preços para lavar roupas de baixo são como extorção – é como, quatro dólares cada.

AP: Mesmo? Você poderia comprar umas novas por menos.
Radcliffe: Você provavelmente poderia, na verdade, mas elas aumentariam o peso da mala. Então eu estou usando as únicas calças que me restam enquanto faço essa entrevista.

AP: Então você lava sua própria roupa?
Radcliffe: Sim — bem, eu coloco na cesta e de repente ela volta limpa. Minhas tarefas envolvem principalmente manter meu quarto em um nível aceitável de limpeza, arrumação e padrões comuns de higiene.

AP: Você pode ver o piso.
Radcliffe: Pedaços do piso — é como um chão de remendos que eu tenho entre pôsteres e revistas.

AP: Eu li que você nunca se sentiu confortável assistindo a si mesmo na tela, isso ainda é verdade?
Radcliffe: Eu ainda não gosto. Não, eu não acho que qualquer ator goste, mesmo. Eu gosto dos filmes, eu gosto de assisti-los, eu só não gosto de me assistir, especialmente.

AP: O que você pensa quando se vê?
Radcliffe: “Deus, você tem uma boca estúpida,” qualquer coisa, apenas críticas totalmente negativas, basicamente.

AP: Mas você não sente que você foi melhorando em cada um?
Radcliffe: Sim, totalmente. Ah sim, sem dúvidas. Mas, você sabe, há um longo caminho a seguir.

AP: Você acha que você hoje entende a insanidade do fenômeno Harry Potter melhor do que no começo?
Radcliffe: De forma alguma. Eu acho que é quase impossível entender completamente. Quando você está no meio de algo, você não pode ver até onde isso pode chegar. E isso é meio que minha posição nisso. Eu conheci uma pessoa outro dia que disse, “Você é muito conhecido no Kuwait.”