(The Wizard and the Hopping Pot)

caldeiraosaltitante :: Potterish

Autora: J. K. Rowling sob o pseudônimo de Beedle, o Bardo.
Capítulo: 1 (primeiro conto).
Ilustradora: J.K. Rowling.
Página deste conto no MadamePince.com: Para vê-la, clique aqui.

 

 

 

 

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Resenha

Como na série Harry Potter, adornando o topo da página inicial do primeiro conto, “O Mago e o Caldeirão Saltitante”, temos um desenho – no caso, o de um caldeirão de um surpreendentemente bem desenhado pé (com cinco dedos, caso você esteja se perguntando, e nós sabemos que alguns de vocês de fato estão). Esse conto começa agradavelmente, com um mago velinho e simpático, com quem nos encontramos brevemente, mas quem nos lembra muito o nosso querido Dumbledore, sendo assim devemos parar e tomar um pouco de ar.

Este “bem amado” usava sua mágica basicamente em benefício de seus vizinhos, criando poções e antídotos para eles no que ele chamava de “caldeirão de cozer da sorte.” Logo após encontrarmos este gentil senhor, ele morre (depois ter vivido até uma “boa idade”) e deixa tudo para seu único filho. Infelizmente, o filho não é como seu pai (e sim como os Malfoy). Após a morte dele, o filho descobre o caldeirão, e (meio que misteriosamente) surge de dentro dele um único chinelo e um bilhete que dizia: “Na esperança de que você, meu filho, nunca precise disso”. Como na maioria dos contos de fada, esse é o momento em que tudo começa a dar errado…

Ressentido por não ter nada a não ser um caldeirão em seu nome e nem um pouco interessado em pessoas que não podiam fazer magia, ele virou suas costas à vila, fechando sua porta para os vizinhos. Primeiro veio uma senhora a qual a neta tinha sido empestada por verrugas. Quando o filho fechou a porta no rosto dela, ele ouviu imediatamente um forte tinido vindo da cozinha. O velho caldeirão do pai havia ganhado um pé e uma série de verrugas. Engraçado, mas ainda nojento. Clássico de Rowling. Nenhum de seus feitiços funcionou, e ele não pode escapar da perseguição, o pote verruguento o seguia – até mesmo até sua cama. No outro dia, o filho abriu a porta para um senhor que havia perdido seu burrinho. Sem a sua ajuda ele não poderia levar as mercadorias para a cidade, e sua família passaria fome. O filho (quem com certeza nunca leu um conto de fadas) bateu a porta na cara do senhor. E com toda a certeza, lá vem o caldeirão de um pé só, coberto de verrugas, e agora emitido sons de relinchos de burro e de gemidos de fome. [Alerta de spoilers!] E como todo bom conto de fadas, o filho recebeu mais visitantes, e levou algumas lágrimas, vomito e choramingo de cachorro até que ele se curvasse a sua responsabilidade, e o verdadeiro legado de seu pai. Renunciando ao seu modo egoísta de ser, ele chamou todos da vila, para desta vez, ajudá-los. Um por um, ele curou as doenças, e assim sendo, esvaziou o caldeirão. E finalmente, surgiu o misterioso chinelo – o que servia perfeitamente no agora quieto caldeirão – e juntos eles andaram (e pularam de um pé só) pelo por do sol.

Rowling sempre escreveu suas histórias de forma bem humorada e inteligente, e o conto “O Mago e o Caldeirão Saltitante” não é uma exceção (a imagem de um caldeirão de um pé só empestado com todas as doenças “verruguentas” da aldeia, pulando de um pé só atrás do jovem bruxo egoísta, é um bom exemplo). Mas a real magia desse livro, e desse conto em particular, repousa não somente na forma como as frases estão dispostas, mas como ela sublinha os “tinidos, tinidos, e tinidos” para dar ênfase, e como sua escrita se torna de certa forma caótica à medida que o ritmo da história aumenta (como se ela corresse junto ao leitor). Esses toques tornaram essa história inteiramente de Rowling, e esse volume de histórias particularmente especial.

Resenha por Daphne Durham da Amazon.com
Tradução por Bruno Maranhão (Equipe de Tradução Potterish.com)

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Curiosidades

  • ¹As fábulas de Esopo são uma coleção de fábulas creditadas a Esopo (620—560 a.C.), um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga. As fábulas de Esopo tornaram-se uma expressão para designar coleções de fábulas brandas, ou seja, história leves e de cunho moral.

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