Blystone, Richard e Holmes, Michael. “J.K. Rowling embarca na turnê publicitária de Harry Potter”. CNN International: World News, 08 de julho de 2000.

MICHAEL HOLMES, WORLD NEWS: Bem, as editoras dos livros enormemente populares de Harry Potter inventaram um jeito especial para promover seu último lançamento. Um antigo trem a vapor e muita excitação chegaram juntos no sábado, enquanto a autora J.K. Rowling começava uma turnê para promover seu mais recente sucesso. Richard Blystone da CNN estava em sua primeira parada.

RICHARD BLYSTONE, CORRESPONDENTE DA CNN (narração): O Expresso de Hogwarts, claramente diferente do da escola de magia e bruxaria, chega a sua primeira parada em uma turnê nacional de autógrafos de J.K. Rowling, mãe de uma pequena garota e de um fenômeno de publicação de três anos, parecendo como se falasse a verdade quando ela diz que deixaria metade de sua fortuna de mais de 1 milhão de dólares por um fim da atenção pública. Com Harry Potter e o Cálice de Fogo já além da marca dos milhões de livros neste paí­s, ela conseguiria rapidamente repor aquela metade.

Tendo esperado horas para comprar o livro, fãs jovens e velhos esperaram de novo por um autógrafo.

Homem não identificado: É um livro ótimo. É um livro que não precisa ser lido por pessoas menos velhas que eu.

Blystone: A marca vermelha é uma réplica da cicatriz que Harry ganhou do terrí­vel bruxo Voldemort. E aqui está uma prévia do livro.

Mulher não identificada: Bem, é no começo que Voldemort foi para a casa dos trouxas, e ele está planejando assassinatos.

Homem não identificado: E é um pouco confuso no iní­cio, mas uma vez que você entra na história, tudo é explicado se você leu os outros três livros.

Blystone (na câmera): Um dia memorável para todos, ainda mais memorável porque de certa forma, com toda a bruxaria e magia, os livros de Rowling são convencionais, antiquados, até nostálgicos para uma Grã-Bretanha que a maioria dos fãs de Harry Potter nunca viram.

(narração): Uma Grã-Bretanha onde castelos eram mais do que somente atrações turí­sticas, o cavalheirismo florescia, e escolas privadas com prédios antigos e tradições excêntricas realmente significavam algo.

Ao contrário de clássicos infantis como “Ventos nos Salgueiros” e “O Ursinho Pooh“, geralmente identificados com a concepção de um artista, leitores em três dúzias de paí­ses conseguem visualizar Harry por seu próprio prisma. Mas os personagens e tramas são dela. E tentem o quanto quiserem, nenhum editor nem produtor de filme fará Rowling mudá-los. Sobre o último pesado e grosso livro, ela contou aos repórteres.

J.K. Rowling, autora: Bem, eu sabia que seria mais longo que o terceiro livro, mas surpreendeu até a mim como ficou longo. Está tão longo quanto era preciso para se contar a história. Tão simples assim.

Blystone: A essa altura, ninguém irá dizer a ela para mantê-lo curto, não enquanto o trem de Rowling siga em frente e o dinheiro venha.

Traduzido por: Frederico Oliveira Duarte em 26/08/2006.
Revisado por: Matheus Almeida em 13/09/2006.
Postado: Fernando Nery Filho em 30/04/2007
Entrevista original no Accio Quote aqui.